quarta-feira, 18 de maio de 2011

A figueira e os frutos.

 

A FIGUEIRA MURCHA  - Charles H. Spurgeon

Sermão pregado na manhã do dia do Senhor, em 29 de setembro de 1889, no Metropolitan Tabernacle em Newington, Londres.

"E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde pernoitou. Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome; e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. Vendo isto os discípulos, admira­ram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!"   Mateus 21:17-20.

 

Muitos tem uma interpretaçao errada deste fato relatado nos 3 evangelhos. Alguns acreditam que realmente Jesus estava com fome e foi “enganado” pela árvore, ficou irritado e amaldiçoou a arvore dizendo: “nunca mais nasça fruto de ti”. Segundo Spurgeon, esta é uma passagem bíblica que deve ser classificada como milagre/parábola. Milagre pelo fato da figueira ter secado tão depressa de tal maneira que os discípulos se admiraram e parábola (encenada como teatro) pelo teor da mensagem que Jesus queria passar aos discípulos: condenaçao de Jeruzalém (Ezequiel 17:24 – “Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, abati a árvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca; eu, e Senhor, o disse, e o farei.”).

Qual o contexto destes acontecimentos?

Neste capitulo de Mateus (21) inicia-se com a preparaçao de Jesus para entrar em Jerusalém, começando com o envio dos discipulos para buscar um burrinho o qual ele viria à ser recebido na cidade com aclamaçao de “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!e termina com a tentativa dos fariseus de prende-lo. Foi uma grande reviravolta em um só capitulo e a “parábola encenada” da figueira está bem no meio deste capítulo.

Jesus viu na arvore coberta de folhas uma grande oportunidade de uma excelente liçao prática para seus discípulos.

Uma explicaçao rápida para entender os motivos e intençoes de Jesus nesta liçao.

1-      Uma figueira só apresenta folhas depois de brotar os frutos.

A figueira é uma arvore singular, os furtos começam a brotar quando a arvore ainda esta sem folhas. Quando está totalmente coberta de folhas os frutos já estao prontos e podem ser comidos.

2-      É claro que Jesus sabia que a arvore não tinha frutos.

Se Jesus sabia onde, como e quando estaria o burrinho que ele queria, porque não saberia da condiçao da arvore que estava no caminho?

3-      A árvore chamou a atenção de Jesus.

Provavelmente, as árvores estavam, por causa da época do ano, na sua maioria sem folhas e esta figueira estava a beira do caminho cheia de folhas anunciando a presença de frutos maduros.

Como a figueira, a naçao judaica prometera muitos frutos: escribas, fariseus, sacerdotes, anciaos = defensores religiosos da Lei. Mas Jesus só achou folhas mas nenhum fruto. A maldiçao da árvore refletiu em Israel e o povo judeu. Nunca mais “daria frutos”.

Spurgeon usa esta passagem bíblica para esortar os crentes a apresentares os frutos que Jesus procura. Em comparaçao com a figueira, o novo homem, arrependido dos pecados, entrega sua vida ao Senhor e Salvador Jesus Cristo e começa a apresentar os frutos antes mesmo da folhas. Os frutos que Jesus procura são: a fé genuina, o amor verdadeiro, os frutos do Espírito, fervor na oraçao, andar com Deus, habitaçao do Espirito Santo. As folhas são: frequencia a igreja, participar da reuniao de oraçao, participar da ceia, ler a biblia na escola dominical, etc.

O problema exposto por Spurgeon é do cristao que fala e age antes mesmo de ser, antes mesmo da apresentar os frutos. Muitos querem ser batizados, fazer a profissao de fé pública, ser eleito e participar de algum ministério da igreja antes de mostrar os frutos. A estes, ele chama de crentes com espiritualidade “cogumelo”, pois nascem num dia e morrem no outro.

Jesus não espera frutos de homens que amam o mundo e não a Deus (as outras arvores do caminho), mas Ele tem o direito de esperar achar frutos em todo aquele que se diz cristao e se declara seguidor Dele.

Jesus nos comprou por um altissimo preço com seu sangue e espera a nossa santificaçao.

Uma pessoa que diz ter fé e não tem, mente.

Uma pessoa que diz estar arrependida e não esta, mente.

Uma pessoa que diz que ama e obedece a Deus e não o faz, mente.

Diz ter frutos, mas só apresenta folhas, mente.

Quando uma professora não sabe ensinar, o que a escola faz? Quando um médico não sabe operar, o que o hospital faz? Quando um piloto não sabe pilotar, o que a compania aérea faz? Da mesma forma uma arvore que não serve para dar frutos o que o fazendeiro faz?

Jesus precisa e procura árvores que dêm frutos. Se não serve para dar frutos talvez sirva para lenha. A figueira seca se tornou um farol de advertencia!

Mais uma coisa Spurgeon chama a atençao no texto. Jesus não muda a condiçao da árvore com a maldiçao. Jesus disse que a árvore ficasse como estava. Ela não dava frutos e a maldiçao foi: “fique como esta!”. Nem podemos dizer que foi uma maldiçao de verdade pois não mudou em nada o que já estava acontecendo. Jesus não disse para ela secar e virar lenha. Esta, na verdade, foi a consequencia da vida que a arvore já levava antes de conhecer Jesus.

O homem que se aparta de Deus recebe a sentença “Apartai-vos” ( Fique como esta!). O imundo continua imundo.

Jesus convida para vivermos uma nova vida, diferente da anterior, com muitos frutos. Jesus é amor e ternura. Ele não quer secar você. Ele quer que você seja leal não hipócrita.

Deus fez a vara de Arão florecer e dar frutos numa noite. (Nm 17:8) Pode, muito mais facilmente, fazer você dar muitos frutos. É só pedir.

 

Princípios e objetivos dos dons

Lição No. 12 – Princípios e objetivos dos dons

INICIO                        -           Pag.57                         -           QUADRO

Objetivos básicos dos dons: Servir a Deus e aos homens(edificação e salvação dos pecadores)

Deus distribui os dons para os crentes construírem a Sua obra.

      Efs 4:12  tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

 

1.    Dons espirituais – Carisma – pessoa carismática  - “Dons da graça”

1Co 12:31  Mas procurai com zelo os maiores dons.

 

2.    Talentos naturais

a.     Nasce              b. Desenvolve a partir do potencial                    c. Podem também vir de Deus.

Tg 1:17  Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto

 

3.    Dons x talentos

·          Difícil distinção

·          Funcionam de forma parecida

·          Ambos provem de Deus

·          O importante é usar tudo para glorifica a Deus

2 Corintios 5:18  Mas todas as coisas provêm de Deus, que...(ambos provem de Deus)

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Colossenses 3:17  E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (O importante é usar tudo para glorifica a Deus)

 

1Pe 4:10  servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

1Pe 4:11  Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, ma quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém. (O importante é usar tudo para glorifica a Deus)

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Princípios básicos

Rom 12:3-8  Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.  Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função,  assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.  De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;  se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.

 

1Co 12:1-14  Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos.

 

1Co 14:39,40 Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

 

Efs 4:7-16  Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. Por isso foi dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra?  Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo; para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro; antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.

 

1Pe 4:7-11  Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração; tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados; sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmuração; servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém.

 

 

Interdependência dos membros da igreja

Um só corpo, mas muitos membros e muitas funções(dons) = uma empresa, uma máquina, um relógio.

1Co 12:25-27 para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros.  De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.  Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.

·          Você consegue perceber os dons na igreja?

·          Ainda falta desenvolvermos mais os nossos dons?

·          Como funciona esta relação entre os membros da igreja? (missões e assistência-Creche)

 

 

Exercício do amor fraternal

Paulo enfatiza o amor cristão como uma cola que junta os membros

·          Amor mútuo – uns aos outros.

·          Amor fraternal – entre irmãos que se perdoam e reconciliam

·          Amor sincero – sem hipocrisia – Igreja não é teatro

Rom 12:9,10  O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros;

O amor fraternal e o amor divino

1Co 13:1-10 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria; não se ensoberbece; não se porta inconvenientemente; não busca os seus próprios interesses; não se irrita; não suspeita mal; não se regozija com a injustiça; mas se regozija com a verdade; tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.

A prática do amor fraternal.

         PAULO:

Efs 4:2  com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,

Efs 4:15,16  antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.

         JESUS

João 13:34,35  Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.  Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.

 

·          É possível desenvolver um dom sem amor? (1Co 13:2c)

 

 

 

A expressão da soberania de Deus

Os dons espirituais foram doados soberanamente por Deus e com finalidade por ele determinada.

 

1-       Deus determina e distribui os dons: (distribuiu os dons e a medida de fé suficiente para seu exercício)

Rom 12:3-8  Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.  Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função,  assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.  De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada,

2-    Deus coordena e estabelece as funções na igreja: (Deus escolheu nosso lugar de serviço na igreja e arranjou o posicionamento espiritual de seus membros)

1Co 12:11   Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.

1Co 12:18  Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

1Co 12:24  ao passo que os decorosos não têm necessidade disso. Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,

1Co 12:28  E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

3-       Deus Filho é quem edifica a igreja:

Efs 4:7-12  Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. Por isso foi dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto - ele subiu - que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra?  Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;

4-    Deus apropria o dom de acordo com Seus propósitos: (Tanto a concessão como o jeito de se exercitar o dom são prerrogativas de Deus)

1Pe 4:10  servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus

 

O Fruto do Espírito

O Fruto do Espírito

por

William Hendriksen

 

[...]“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra tais coisas não existe lei” (Gálatas 5:22,23).

 

Talvez possamos dividir estes 9 preciosos dons em três grupos, perfazendo três frutos e cada grupo. Se este for o correto — de forma alguma se tem certeza! —, o 1º grupo estaria referindo-se às qualidades espirituais mais básicas: amor, alegria, paz. O 2º grupo indicaria aquelas virtudes que se manifestam nas relações sociais. Pressupomos que considera os crentes em seus diversos contatos uns com os outros e com aqueles que não pertencem à comunidade cristã: longanimidade, benignidade, bondade. No último grupo, se bem que aqui há bastante espaço para divergência de opinião, o primeiro fruto poderia referir-se à relação dos crentes com Deus e sua vontade revelada na Bíblia: fidelidade ou lealdade. O segundo presume-se, teria a ver com seu contato com os homens: mansidão. O último, a relação que cada crente tem consigo mesmo, ou seja, com seus próprios desejos e paixões: domínio próprio.

Encabeçando o primeiro grupo temos “o maior dos três maiores”, ou seja, o amor (1 Coríntios 13; Efésios 5:2; Colossenses 3:14). Para esta virtude, ver 5:6 e 5:13, acima. Não somente Paulo, mas também João estabelece prioridade a esta graça de abnegação (1 João 3:14; 4:8,19). E igualmente Pedro (1 Pedro 4:8). E assim eles estão seguindo o claro exemplo que lhes deu Cristo (João 13:1,34; 17:26). Apesar de que, assim como estas passagens o revelam, dificilmente seria legítimo limitar estritamente esta virtude tão básica ao “amor pelos irmãos”, todavia, por outro lado, no presente contexto (que fala de contendas, disputas e ciúmes, etc., ver também v.14) a referência pode muito bem ser especialmente a este afeto mútuo.

Quando o amor se faz presente, a alegria não pode estar muito longe. Não nos disse o autor que o amor é o cumprimento da lei, e que fazer o que a lei de Deus manda traz deleite? (Salmos 119:16,24,35,47,70,174). Além disso, a verdade desta afirmação torna-se ainda mais clara quando se tem em mente que a capacidade para observar esta ordenança divina é um dom de Deus, sendo um elemento daquela maravilhosa salvação que em seu grande amor concedeu gratuitamente a seus filhos. Além disso, já que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28), faz-se evidente que os crentes podem alegrar-se mesmo diante de circunstâncias as mais dolorosas, assim como Paulo mesmo comprovou muitas vezes (Atos 27:35; 2 Coríntios 6:10 “entristecidos, mas sempre alegres”; 12:9; Filipenses 1:12,12; 4:11; 2 Timóteo 4:6-8). Além do mais, sua alegria não é a deste mundo, que é uma diversão superficial e que fracassa em satisfazer as necessidades mais profundas da alma, mas a de Deus é uma “alegria indizível cheia de glória” (1 Pedro 1:8), e um antecipação da alegria radiante que está reservada para os seguidores de Cristo.

paz também é um resultado natural do exercício do amor, pois “grande paz têm os que amam a tua lei” (Salmos 119:165; cf. 29:11 ; 37:11; 85:8). Esta paz é a serenidade de coração, a porção de todos quantos, tendo sido justificados mediante a fé (Romanos 5:1), aspiram ser instrumentos nas mãos de Deus para fazerem que outros também possam compartilhar desta tranquilidade. Portanto, o possuidor da paz torna-se também um promotor da paz (Mateus 5:9). Portanto, aquele que está realmente consciente desta grandiosa dádiva da paz, a qual recebeu de Deus como resultado da amarga morte de Cristo na cruz, envidará todo esforço para “preservar — dentro da comunidade cristã — a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Efésios 4:3).A menção da paz é, por assim dizer, um liame natural entre o primeiro e o segundo grupo, porquanto esta virtude é com frequência contrastada com as contendas entre os homens, e porque este segundo grupo descreve aquelas virtudes que os crentes revelam em seus contatos entre si e com os demais homens.

O primeiro dos frutos do Espírito mencionados neste segundo grupo é a longanimidade. Ela caracteriza a pessoa que, em relação àqueles que a aborrecem, se lhe opõem ou a molestam, exerce a paciência. Ela se recusa a entregar-se à paixão ou às explosões de ira. A longanimidade ou paciência não é apenas um atributo humano, mas também divino, visto que o mesmo é atribuído a Deus (Romanos 2:4; 9:22) e a Cristo (1 Timóteo 1:16), bem como ao homem (2 Coríntios 6:6; Efésios 4:2; Colossenses 3:12,13; 2 Timóteo 4:2). Como atributo humano, é inspirado pela confiança de que Deus cumprirá suas promessas (2 Timóteo 4:2,8; Hebreus 6:12). Os gálatas necessitavam muitíssimo de que se pusesse ênfase nesta virtude, já que eles, como já vimos, provavelmente estavam se dividindo pelas contendas e por um espírito partidário. Por outro lado, a longanimidade é uma grande arma contra a hostilidade do mundo em sua atitude para com a igreja.

De mãos dadas com essa virtude está a benignidade. Esta é suave e terna. Os primeiros cristãos se recomendavam por meio dela (2 Coríntios 6:6). Este fruto, tal como exercido pelos crentes, nada mais é do que um pálido reflexo da benignidade primordial manifestada por Deus (Romanos 2:4; cf. 11:22). Além disso, somos admoestados a tornar-nos como Ele neste aspecto (Mateus 5:43-48; Lucas 6:27-38). Os Evangelhos contêm numerosas ilustrações da benignidade que Cristo demonstrou para com os pecadores. Para mencionar apenas algumas, ver Marcos 10:13-16; Lucas 7:11-17, 36-50; 8:40-56; 13:10-117; 18:15-17; 23:34; João 8:1-11; 19:25-27.

A virtude que completa este grupo é a bondade, que é a excelência moral e espiritual, em todos os aspectos, criada pelo Espírito. No presente contexto, visto que é mencionada depois da benignidade, se refere especialmente à generosidade de coração e de ações.

Finalmente, o apóstolo menciona as três graças que concluem todo o sumário. Primeiro está a fidelidade. O termo como usado no original com frequência se traduz corretamente pela palavra . Todavia, uma vez que aqui aparece depois de “benignidade” e “bondade”, parece ser mais correto traduzir-se por “fidelidade”. O seu significado é lealdade. Uma vez que nesta mesma carta Paulo se queixa da falta de fidelidade para com ele, o que foi demonstrado através da conduta de muitos dos gálatas (4:16), percebemos que a menção desta virtude, aqui, é algo bastante apropriado. Contudo, em última análise não era tanto para com o próprio Paulo que havia falta de lealdade, e, sim, para com o evangelho — e, assim, para com Deus e sua Palavra —, e tinha estado faltando em proporção elevada, como fica evidenciado por 1:6-9; 3:1; 5:7. Consequentemente, com toda probabilidade o que Paulo está recomendando aqui, como um fruto do Espírito, é a fidelidade a Deus e à sua vontade. Contudo, isto não exclui, antes inclui a lealdade para com os homens.

Parece-nos apropriado interpretar aqui o próximo item, ou seja, a mansidão, como sendo a gentileza uns para com os outros e para com todos os homens, principalmente se levarmos em consideração o contexto precedente, o qual fala das dissensões em suas várias manifestações (ver vv. 20 e 21). Cf. 1 Coríntios 4:21. Esta virtude também nos faz lembrar de Cristo (Mateus 11:29; e 2 Coríntios 10:1). A mansidão é o oposto extremo da veemência, da violência e da agressividade ou explosões de ira.

A última virtude que Paulo menciona, e por implicação recomenda, é o domínio próprio, que é uma relação que alguém mantém consigo mesmo. A pessoa que tem a bênção de possuir esta qualidade possui “o poder de conter-se a si mesma”, que é o sentido do termo usado no original. O fato de terem sido mencionadas previamente, entre os vícios enumerados (v. 19), a imoralidade, a impureza e a indecência, revela que era apropriado mencionar o domínio próprio como a virtude oposta. Fica claro que aqui temos referência a muito mais coisas que simplesmente a sexo. Aqueles que realmente exercem esta virtude levam todo o pensamento à submissão e obediência a Cristo (2 Coríntios 10:5).

incentivo de que precisamos para exibir estes excelentes traços do caráter foi fornecido por Cristo, pois é devido à gratidão que os crentes sentem para com Cristo que os usam para adornar sua conduta. O exemplo, também, em conexão com todos eles, foi dado por ele. E as próprias virtudes, associadas ao poder para exercê-las, são doadas pelo seu Espírito.

 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dons de Serviço



Convite para visualizar o Álbum da web do Picasa de Claudio Campos - Acampamento de Carnaval - 2011 - 1a. IPI Bauru

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Acampamento de Carnaval - 2011 - 1a. IPI Bauru
06/03/2011
de Claudio Campos
Acampamento de Carnaval - 2011 Chacara Dona Cota Bauru-SP
Mensagem de Claudio Campos:
Fotos do Acampamento de Carnaval da 1a. IPI de Bauru na Chacara Dona Cota
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